Por Lorena Morais e Josiane Nascimento
A fé cura, garatem o fiéis. Foto: Marília Marques |
Dona Marta tinha várias enfermidades e sofreu um acidente com a foice na roça em que trabalhava. Devido a isso, sentia muitas dores nas pernas e pedia a seu vizinho, o menino Renato, para pegar água da fonte da Ladeira de Santa Bárbara, na cidade de São Félix. Dona Marta acreditava que ao banhar o local com a água oriunda da fonte, a dor iria passar.
Essa crença é alimentada há mais de 40 anos e faz referência a Santa Bárbara - protetora dos raios e trovões. Existem várias histórias orais que contam como tudo começou. As pessoas contam o que acreditam e cada um diz aquilo que sabe ou acrescenta mais um pouco. É o fascínio da narrativa oral. Não existem verdades absolutas.
Essa crença é alimentada há mais de 40 anos e faz referência a Santa Bárbara - protetora dos raios e trovões. Existem várias histórias orais que contam como tudo começou. As pessoas contam o que acreditam e cada um diz aquilo que sabe ou acrescenta mais um pouco. É o fascínio da narrativa oral. Não existem verdades absolutas.
O que se sabe é que nessa ladeira havia um minadouro, local onde as pessoas tomavam banho e recolhiam água. Tinha muita sujeira, por isso o pessoal da então administração do município resolveu capinar o local.
Como tudo começou
Outros contam que uma mulher, devota à santa, tinha uma filha com um problema de visão e fez um pedido de cura, logo após banhando o rosto da menina. Depois desse fato a menina passou a enxergar novamente e a mulher foi disseminando o milagre que ali aconteceu.
Independente das histórias serem verídicas ou não, é de fato relevante a fé que as pessoas têm na santa. Nos meses próximos a dezembro, muitos fiéis vão até a Ladeira do Milagre - como ficou conhecida - trazer seus presentes pela benção alcançada. Devido à peregrinação, em 1972 foi construído um monumento, uma gruta, em reverência à santa, onde fica a imagem e a água santificada. Em 1988 foi inaugurada a igreja de Santa Bárbara, onde acontecem as suas festividades, no mês de dezembro.
A gruta construída pela administração municipal abriga a imagem da santa. Foto: Marília Marques |
Milagres
Maria de Lourdes, 66, mora na ladeira a mais de 20 anos e afirma que as águas curaram um tumor de seu filho, que na época tinha seis anos. Hoje ele está com 34 e livrou-se de uma cirurgia na época graças a fé da sua mãe.
Raul conta que sabe de muitas bênçãos e milagres alcançados. Como o caso de uma criança que engoliu duas agulhas, que já tinham perfurado algumas parte internas do organismo. A mãe a levou à fonte para beber da água e a criança expeliu as duas agulhas. Cura de câncer, enxaqueca, conquista de bens, vários pedidos e promessas que faz da fé uma forte arma para a cura de enfermidades.
Raul França é devoto da santa e ajuda a cuidar da limpeza e manutenção da gruta. Tem na fé à santa dos raios e trovões o caminho para trilhar sua vida naquilo que ele acredita.“Tem muita gente que não acredita. O milagre acontece, muitas bênçãos ela faz. A fé cura”, garante.
Imagem de Santa Bárbara. Foto: Marília Marques |
Santa Bárbara dos raios e trovões
Santa Bárbara é considerada protetora dos raios e trovões. É uma santa para a igreja católica e conhecida como Iansã no candomblé. Sofreu um martírio provocado pelo próprio pai, conforme a lenda que a descreve como uma jovem bela e cristã. Seu pai, Dióscoro, era pagão e ciumento. Ele desejava resguardar a filha e, para isso construiu uma torre, onde a deixaria aprisionada. Ao saber que Bárbara se tornara cristã, a condenou a sérios maus tratos físicos. Diante à sua grande fé, ela foi curada e, não satisfeito, Dióscoro pediu à justiça que ela fosse morta e que ele mesmo executasse a sentença. Assim que Barbara morreu, o céu escureceu e seu pai sentiu uma forte angústia, enquanto um raio fulminante o atingia no peito. A partir desse acontecimento, é atribuída a Bárbara a condição de santa padroeira de todos que trabalham com fogo.
Santa Bárbara é considerada protetora dos raios e trovões. É uma santa para a igreja católica e conhecida como Iansã no candomblé. Sofreu um martírio provocado pelo próprio pai, conforme a lenda que a descreve como uma jovem bela e cristã. Seu pai, Dióscoro, era pagão e ciumento. Ele desejava resguardar a filha e, para isso construiu uma torre, onde a deixaria aprisionada. Ao saber que Bárbara se tornara cristã, a condenou a sérios maus tratos físicos. Diante à sua grande fé, ela foi curada e, não satisfeito, Dióscoro pediu à justiça que ela fosse morta e que ele mesmo executasse a sentença. Assim que Barbara morreu, o céu escureceu e seu pai sentiu uma forte angústia, enquanto um raio fulminante o atingia no peito. A partir desse acontecimento, é atribuída a Bárbara a condição de santa padroeira de todos que trabalham com fogo.
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