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O público conferiu a apresentação da Orquestra Afrosinfônio na noite desta quinta-feira. Foto: Lorena Morais |
Com um show que
prometeu ser inesquecível, a apresentação da Orquestra Afrosinfônica no
auditório da UFRB, em Cachoeira, emocionou e arrancou uma série de aplausos da
plateia que veio conferir o concerto na noite de ontem (31).
Com um repertório
original, que trouxe também composições do próprio maestro regente Ubiratan
Marques, a apresentação do grupo faz parte de um projeto de circulação por
cidades do estado da Bahia.
A comerciante local,
Joelma de Oliveira, veio conferir o show pela primeira vez. Ela programou o dia
para não perder a apresentação da Orquestra, além de vir prestigiar seu
conterrâneo e ex-vizinho Nilton, músico do grupo. “Já vim arrumada do trabalho
para vir ao evento. E ainda aproveitei para ver meu vizinho Nilton, que vi
pequenininho. Sou apaixonada por isso e fiquei maravilhada pela apresentação.
Não quero perder um show desses nunca mais!”, falou a comerciante,
entusiasmada.
A orquestra também é
composta por músicos das cidades de Cachoeira e São Félix, como o sanfelista
Vinicius Freitas, 32, que toca sax. Ele começou o contato com a música na
Filarmônica União Sanfelista, onde também já foi regente. Em Salvador, cidade
onde mora atualmente, ele conheceu os músicos da Orquestra Afrosinfônica e faz
parte desde a sua fundação. Para Vinicius, a apresentação na região em que foi
criado é gratificante. “Quando a gente sai de uma cidade pequena e vai para uma
metrópole em busca de oportunidades, volta pra cá e faz um trabalho desses e é
bem aplaudido, bem recepcionado, é uma emoção que não tem como explicar”,
ressalta o músico.
Repertório
A Orquestra
Afrosinfônica é “diferente de todas as orquestras que tem por aqui”, é o que
disse o maestro assistente Gilberto Santiago. Ele ressalta a contribuição do
maestro Ubiratan na formação da orquestra, que mistura elementos da música
erudita, popular e afro nas composições. “Ele [Maestro Ubiratan] já passou por
vários estilos musicais. Quando ele escreve tem uma identidade muito forte com
a Bahia, a linguagem clássica e brasileira. Isso é único. E ainda tem o ponto
em que ele acrescentou vozes à orquestra”, destaca Gilberto.
O corpo da orquestra,
além de músicos instrumentais, conta com as vozes de um trio de mulheres.
Durante a apresentação de uma das composições, uma cantora ganhou aplausos após
realizar uma performance de dança afro no palco.
Durante a tarde de
ontem jovens músicos participaram também do ‘Workshop de Arranjo’, oficina
sobre música instrumental que foi oferecida pelo maestro regente da orquestra,
no prédio da filarmônica Lyra Ceciliana.
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