sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Festa da Boa Morte inicia neste sábado e segue com festejos até quarta


A procissão de assunção é celebrada com flores e
o cortejo das irmãs enfeitadas com colares e pulseiras.
Foto: Lorena Morais

A partir deste sábado, 13, até o dia 17, Cachoeira celebra a Festa da Boa Morte. O início é marcado às 19h, quando a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte sai da Igreja de Nossa Senhora D'Ajuda para a Capela da Irmandade, localizada rua 13 de maio, com uma missa em homenagem às irmãs falecidas. 

Após a celebração, a irmãs, todas vestidas de branco - cor símbolo de luto no candomblé - realizam a Ceia Branca, com um jantar para os familiares a base de peixes e mariscos que não levam o azeite de dendê. O dia simboliza a missa pela morte de Nossa Senhora.

O dia seguinte, domingo (14) representa o enterro, que inicia com a missa de corpo presente e finaliza com a procissão pelas ruas da cidade seguido das filarmônicas, que tocam marchas funebres, até a sede da irmandade. O ritual não permite o uso de colares, pulseiras e anéis dourados ou que chamem muita atenção e estabelece que as participantes exibam uma expressão séria durante a cerimônia.

Na segunda-feira, 15, a celebração é em homenagem a assunção da santa, que inicia com a missa às 8h com as irmãs trajadas com as vestes típicas e muitas jóias. Logo em seguida vem a procissão que marca o auge dos festejos, seguido pelo samba-de-roda e pratos típicos do Recôncavo - como feijoada, mungunzá e caruru - até a quarta-feira.

A irmandade é formada por mulheres negras descendentes de escravas ou ex-escravas. Os festejos representam o sincretismo religioso entre o candomblé e o catolicismo. No camdomblé o ritual cultua a mãe da morte, chamada de Nanã Buruku, representada na igreja católica por Nossa Senhora da Glória. A festa é conhecida internacionalmente e atrai turistas principalmente estrangeiros.

Reconhecimento e lançamento de livro

No ano passado o Governo do Estado da Bahia e a Secretaria de Cultura reconheceu a Irmandade da Boa Morte como Patrimônio Imaterial da Bahia e lançou, através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC e Fundação Pedro Calmon o livro e videodocumentário “Festa da Boa Morte”, que traz relatos de estudiosos e das irmãs sobre a irmandade e sua festa.



Um comentário:

Redação : Na Luta e Na Labuta disse...

Parabéns Lorena Morais pelo belo trabalho que você desenvolve através das informações postadas em seu BLOG.

Conheci seu blog através de uma postagem no blog de ENADIO CARECA.

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