domingo, 28 de março de 2010

Um reforço para a saúde

Por Mairan Reis *


Agentes comunitários auxiliam a população carente em busca de melhorias na saúde

Na metade do século XX existiam os visitadores sanitários e inspetores de saneamento que foram criados com o objetivo de complementar e reforçar as instruções dos médicos. Mas foram surgindo novas necessidades, então o SUS (Sistema Único de Saúde) fez com que esses visitadores e inspetores se transformassem em Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além de promover a criação de programas de saúde ligados a eles.

O agente comunitário parte do princípio de ser um membro voluntário da própria comunidade, como um líder que busca melhorias na saúde. Mas, com o tempo isso foi sendo modificado. Hoje os ACS são pessoas capacitadas que tem conhecimento para lidar com diversas situações, às vezes nem são da própria comunidade, mas necessitam de um conhecimento sobre esta.

A necessidade de treinamento veio com o grande aumento da população, com o grande número de doenças, e afins. È imprescindível que o agente comunitário saiba realizar procedimentos técnicos como medida de peso e altura de crianças, verificação do estado de vacinação das mesmas, além do conhecimento sobre atividades educativas, assuntos relacionados a comunidade, e saber passar informações à população no que se refere a hábitos saudáveis e a procedimentos referentes.

A agente comunitária de Cachoeira, Lorena Morais, 21 anos, explica como é a função dos ACS, enfatizando que o trabalho do agente faz parte de um programa de atenção básica, que tem como prioridade a prevenção de doenças e a promoção a saúde. Ela afirma que é necessária a aproximação do agente com a família, e importante a criação de uma relação de confiança e humanidade.

Capacitação

No início de 2009 ocorreu primeiro curso de formação de Agentes Comunitários de Saúde em Cachoeira, em parceria com o governo do Estado. Segundo Lorena, que trabalha como um ACS há 2 anos, o número de famílias a serem visitadas é estipulado pela Unidade de Saúde da cidade. Lorena também diz que um dos principais objetivos dos agentes, na sua percepção, é evitar que as pessoas superlotem o hospital (no caso A Santa Casa de Misericórdia) com situações que poderiam ser resolvidas em 1º instância.
Sem dúvida, a criação de agentes envolvidos com a comunidade carente, e engajados com uma equipe de saúde, que trabalha em conjunto, resultará em melhores condições de higiene, de saúde e conseqüentemente em uma melhor qualidade de vida para a população.


* Mairan Reis é estudande de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Esse foi um texto produzido na disciplina Oficina de Textos II e publicado em seu blog pessoal, Ponto de Parada.

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