sábado, 21 de janeiro de 2012

Agentes de saúde são retirados do auditório de colégio público em Cachoeira



Após serem retirados do local, a assembleia geral continuou na
praça em frente ao colégio, como forma de repúdio.
Foto: Samir Suzart
Cerca de 50 agentes de saúde e combate a endemias de Cachoeira foram impedidos de continuar reunião de Assembleia Geral do SINDACS - Ba (Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Contendores de Doenças Endêmicas e Epidemiológicas do Estado da Bahia) nas dependências do Colégio Estadual da Cachoeira na última sexta-feira, dia 20, após um pedido de retirada de todos os presentes do auditório.

A solicitação partiu da diretora Rejane Amôedo, que segundo ela recebeu uma ligação de um funcionário de Prefeitura Municipal de Cachoeira, que afirmou que estava ocorrendo uma reunião do sindicato para “falar mal do prefeito”. Logo em seguida, ela chamou um dos representantes do grupo dos agentes e pediu para que todos desocupassem o local.

Mário Tilinga, representante da regional do sindicato, estava presente na reunião e repudia a atitude da diretora e dos envolvidos com a ação de retirada. “Foi passado para a gente que a reunião não podia mais acontecer porque estávamos falando mal do prefeito. A gente não veio falar mal do prefeito, fizemos uma reunião para reivindicar nossos direitos. A categoria não merece isso, é vergonhoso. Aqui fica o repúdio do sindicato e de todos os agentes de saúde de Cachoeira”, declara Tilinga.

Solicitação do espaço

De acordo com a agente comunitária de saúde Glória Marques, o espaço do auditório foi solicitado através de ofício e liberado pela própria diretora, que estava ciente da reunião do SINDACS no local. “Foram enviados ofícios tanto para a Secretaria Municipal de Saúde quanto para o Coordenador do Programa de Combate a Endemias e para o colégio. Ela (a diretora) sabia que iria ter a reunião e assinou”, afirmou Glória.

Os agentes que estavam presentes no local ficaram indignados com a situação, considerando a ação humilhante. “São quase 13 anos de trabalho, nós nunca vivenciamos uma situação dessas. Teve colegas chorando, isso foi uma falta de respeito com pais e mães de família”, disse Glória, que acrescentou que a intenção da reunião não foi “falar mal de ninguém”, mas sim discutir assuntos da categoria. “As pessoas precisam ficar cientes de que quando uma categoria se reúne é pra discutir questões trabalhistas, não estávamos esculhambando ninguém”, concluiu.

4 comentários:

Anônimo disse...

Triste Cachoeira, onde a luta sindical é barrada, onde sindicatos se dobram à classe patronal, onde tudo é de poucos e nada é de ninguém.

Anônimo disse...

Quando se coloca pessoas pequenas, tacanhas e sem instrução no poder acontece esse tipo de coisa...Este é mais um dos desmandos da nossa cidade...Triste realidade!

Anônimo disse...

COLEGAS MUITA FORÇA PRA VCS DE CACHOEIRA E TODOS OS ACS E ACE DA BAHIA, A GENTE PRECISAMOS DE MAIS E ENCONTROS PRA DISCUTIR A SITUAÇAO DA NOSSA CATEGORIA, PRECISAMOS CHAMAR ESSE GOVERNADOR NO EIXO!!!

Celso disse...

Lamentável, nossas escolhas políticas precisam ser mais racionais.

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