terça-feira, 23 de novembro de 2010

São Félix é reconhecida como Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil

e Valdelice Santos



São Félix recebe o título de cidade presépio devido a constituição
do Morro do Cruzeiro. Foto: Lorena Morais
São Félix, a cidade presépio do Recôncavo Baiano, agora é protegida nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta de tombamento do conjunto urbanístico e paisagístico da cidade foi apresentada pela superintendência do Iphan no estado da Bahia a aprovada pelos membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

O tombamento vai possibilitar proteção federal ao conjunto urbanístico e paisagístico de São Félix, que conserva arquitetura no estilo neocolonial e neoclássico, com prédios datados dos séculos XVII a XIX, com possibilidade de investimentos no patrimônio da cidade, além de preservar a memória de toda a região.
De acordo com o prefeito de São Félix, Alex Sandro Aleluia de Brito, a cidade terá mudanças significativas na parte comercial e turística. “Vai aquecer a economia da cidade, gerar emprego e renda para a população, e é o que nós precisamos na nossa região. Nós sabemos que na nossa cidade não temos um campo amplo de emprego e com certeza essas ações vindo pra São Félix, além de dá outra visibilidade, mostrando a história da cidade, ela também vai gerar emprego e renda para as pessoas”, destaca prefeito.

Para a maioria dos moradores da cidade, o reconhecimento veio tarde, pois parte de seu patrimônio já foi destruído pelo tempo ou modificados pelos próprios moradores, que não sabiam da importância daquele bem.

A área tombada inclui as Igrejas de São Félix e de Deus Menino, parte da Ponte D. Pedro, a Estação Ferroviária e a murada ao longo do Rio Paraguaçu, além do morro que lhe confere o titulo de cidade presépio.

Conhecendo São Félix

A cidade de São Félix fica a 110 km de Salvador e possui uma história profundamente ligada aos valores culturais baianos. Marcada pelo desenvolvimento da indústria fumageira, com a instalação das fábricas de charutos Suerdieck e Dannemann.
A cidade tem sua origem no aldeamento dos índios Tupinambás que habitaram às margens férteis do Rio Paraguaçu. Em 1534, esse aldeamento tinha cerca de 20 palhoças habitadas por mais ou menos duas centenas de índios.

Em 1822, durante as lutas pela Independência da Bahia, São Félix prestou relevantes serviços lutando ao lado de Cachoeira, à qual era vinculada administrativamente, e nesta luta o sangue sanfelixta banhou o solo em defesa do Brasil. Naquele lendário mês de junho, São Félix também transformou-se numa praça de guerra, entrou em luta em prol de uma causa comum.

São Félix já era um povoado próspero com casas sobradadas e o comércio já desenvolvido com recursos para se manter. Foi elevado à categoria de cidade através do Ato Estadual de 25.10.1890, com a denominação de São Félix do Paraguaçu, topônimo que se estendeu para o município, simplificado novamente para São Félix, por Decreto Estadual de 08.07.1931.

Mais informações sobre o tombamento de São Félix você pode conferir no site de Jornalismo Online da UFRB, no link www.ufrb.edu.br/reverso

2 comentários:

Valdelice Santos disse...

Lory, pode colocar que o texto é meu e seu pq vc também deu o seu palpite ai. Ficarei feliz se fizer isso.
Bjus

Lorena Morais disse...

Modifiquei algumas coisas como editora, mas o texto é seu, meu bem!

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