sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Orquestra Afrosinfônica emociona plateia cachoeirana durante concerto

O público conferiu a apresentação da Orquestra Afrosinfônio na noite desta quinta-feira.
Foto: Lorena Morais

Com um show que prometeu ser inesquecível, a apresentação da Orquestra Afrosinfônica no auditório da UFRB, em Cachoeira, emocionou e arrancou uma série de aplausos da plateia que veio conferir o concerto na noite de ontem (31).

Com um repertório original, que trouxe também composições do próprio maestro regente Ubiratan Marques, a apresentação do grupo faz parte de um projeto de circulação por cidades do estado da Bahia.

A comerciante local, Joelma de Oliveira, veio conferir o show pela primeira vez. Ela programou o dia para não perder a apresentação da Orquestra, além de vir prestigiar seu conterrâneo e ex-vizinho Nilton, músico do grupo. “Já vim arrumada do trabalho para vir ao evento. E ainda aproveitei para ver meu vizinho Nilton, que vi pequenininho. Sou apaixonada por isso e fiquei maravilhada pela apresentação. Não quero perder um show desses nunca mais!”, falou a comerciante, entusiasmada.

A orquestra também é composta por músicos das cidades de Cachoeira e São Félix, como o sanfelista Vinicius Freitas, 32, que toca sax. Ele começou o contato com a música na Filarmônica União Sanfelista, onde também já foi regente. Em Salvador, cidade onde mora atualmente, ele conheceu os músicos da Orquestra Afrosinfônica e faz parte desde a sua fundação. Para Vinicius, a apresentação na região em que foi criado é gratificante. “Quando a gente sai de uma cidade pequena e vai para uma metrópole em busca de oportunidades, volta pra cá e faz um trabalho desses e é bem aplaudido, bem recepcionado, é uma emoção que não tem como explicar”, ressalta o músico.

Repertório

A Orquestra Afrosinfônica é “diferente de todas as orquestras que tem por aqui”, é o que disse o maestro assistente Gilberto Santiago. Ele ressalta a contribuição do maestro Ubiratan na formação da orquestra, que mistura elementos da música erudita, popular e afro nas composições. “Ele [Maestro Ubiratan] já passou por vários estilos musicais. Quando ele escreve tem uma identidade muito forte com a Bahia, a linguagem clássica e brasileira. Isso é único. E ainda tem o ponto em que ele acrescentou vozes à orquestra”, destaca Gilberto.

O corpo da orquestra, além de músicos instrumentais, conta com as vozes de um trio de mulheres. Durante a apresentação de uma das composições, uma cantora ganhou aplausos após realizar uma performance de dança afro no palco.

Durante a tarde de ontem jovens músicos participaram também do ‘Workshop de Arranjo’, oficina sobre música instrumental que foi oferecida pelo maestro regente da orquestra, no prédio da filarmônica Lyra Ceciliana.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails