quarta-feira, 4 de julho de 2012

Rotas da Independência marcam as comemorações do Dois de Julho em Cachoeira e Salvador


José dos Santos (92 anos), conhecido como Zé de Zuza,
 leva o fogo simbólico há mais de 20 anos. Foto: Danilo Valverde

Rotas aquáticas e terrestres homenagearam os 189 anos da Independência da Bahia, dando seguimento à programação do Dois de Julho no interior e na capital baiana.

Em 30 de junho (sábado), atletas e atiradores do Tiro de Guerra, em Cachoeira, iniciaram o trajeto do Fogo Simbólico do 2 de julho, que refaz o percurso do Exército Libertador nas lutas pela independência da Bahia por algumas cidades do Recôncavo, com destino ao bairro de Pirajá, em Salvador, para acender a Pira de Patheon.

Ao mesmo tempo velejadores, saindo da Marina da Ribeira, em Salvador, faziam o roteiro inverso, saindo da capital, na Baía de Todos os Santos em direção ao Rio Paraguaçu, na I Rota da Independência da Bahia: Expedição Salvador – Cachoeira.

Ambos os eventos refazem rotas importantes que fizeram parte da história da Bahia e simbolizam as lutas da população baiana que venceu as tropas portuguesas em 2 de julho de 1823.

Rota Náutica

Cerca de 15 embarcações saíram de Salvador na manhã do dia 30/06, em direção as águas do Rio Paraguaçu, em Cachoeira, fazendo um percurso de aproximadamente sete horas, em um dia ensolarado, com maré e ventos a favor para homenagear da Independência da Bahia.

Com o objetivo de chamar a atenção para o potencial turístico da região, segundo Adib Salloum, velejador e organizador do evento, a rota superou a expectativa dos velejadores. “Tudo conspirou para que fosse um sucesso total. Para a turma foi a melhor velejada de todos os tempos. E olhe que nós vamos sempre para Morro de São Paulo e Maragojipe”, afirmou. A rota também despertou para projetos futuros. “A pretensão é que o evento seja oficial, com a participação de alguns clubes náuticos e órgãos públicos”, acrescenta Adib.

Embarcações como hobbie cats e saveiros
participaram da rota naútica. Foto: Danilo Valverde
Para o administrador José Augusto de Souza, que participou do evento como tripulante, a rota pode contribuir com a expansão do turismo náutico na região. Ele conheceu a cidade pela primeira vez através da rota marítima e ficou encantado com paisagem local. “Eu achei maravilhoso a gente passar pelo mesmo caminho onde teve diversas batalhas, de tanta resistência dos povos aqui do Recôncavo contra os portugueses. É importante reviver isso aí para não deixar cair no esquecimento”, enfatiza.

Participaram do evento, velejadores da Flotilha Baiana de Hobie Cat, o capitão da Fotilha do Hiate Clube  – Hobbie Cat 16, Ricardo Andrade, velejadores cachoeiranos, saveiristas de Coqueiros, distrito de Maragojipe, além de tripulantes que se interessaram pelo roteiro. O retorno aconteceu em 1º e 2 de julho.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails